Hello boyos and girlies!
Enquanto o Borges não sai do spa, vamos dar uma olhadela no meu novo capacete de uso diário. Como mencionei num post anterior, escolhi o Bell Qualifier DLX Rally para substituir o excelente Caberg HyperX.
Lamentavelmente, os Caberg não são mais importados para o Brasil e, como sabemos, por aqui não se consegue reposição de peças de capacetes com tanta facilidade. Com o casco ainda íntegro, o HyperX sofre do mal da acomodação. A espuma e, suponho, também a camada de isopor, cederam e o 56 virou um belo dum 58, só dá para usar com touquinha na cabeça. De qualquer forma, o HyperX cumpriu seu papel por 4 anos de uso diário.
Quando escolhi o Bell, tive que tomar uma decisão com relação ao fato de não estar equipado com viseira solar. Tenho certa sensibilidade à luz solar - resultado principalmente da cirurgia para correção de miopia a que me submeti há 13 anos - e viseiras mais escuras durante o dia são essenciais. Aqui em Brasília temos um inverno com dias muito ensolarados e luminosos. Com meu primeiro capacete, um LS2, eu carregava a viseira cristal na mochila ou no baú. Eu trabalhava à tarde e voltava para casa à noite e trocar a viseira era necessário. Não gosto e não é seguro andar com viseira escura à noite, além de ser ilegal. A troca era fácil, mas não tanto quanto no Bell, um dos melhores engates rápidos que já vi, pelo menos entre os capacetes que usei.
O AGV K3 sofria do mesmo mal, mas como ele machucava minha testa, passei-o para a frente com as duas viseiras.
Ao fazer minha pesquisa descobri a existência das viseiras Transitions, tratamento já bastante conhecido por quem usa óculos.
É a velha e boa lente fotocromática, ou seja, escurece na presença de luz forte. O preço no Brasil é proibitivo, passa dos 850 temers, bem mais caro que o próprio capacete, que saiu por 600 na Masada, com frete grátis. A solução foi descobrir alguém que pudesse trazer uma para mim dos EUA, onde ela custa cerca de 140 trumps. Aí alguém vai dizer: "mas pagou caro mesmo assim, ó o dólar como está alto!". Verdade. Só que, por causa do meu trabalho, tenho conta em banco nos EUA onde ainda tenho algumas doletas, que nunca foram convertidas, assim o que paguei em dólar, paguei realmente em dólar.
A viseira, que adquiri na Revzilla, chegou trazida por um colega de trabalho. Produto original, com a diferença da logomarca no canto superior esquerdo.
Como eu disse, o AGV machucava a minha testa. Bem, parece ser mal de capacetes mais..."esportivos". Recebi o Bell na segunda e, no domingo seguinte, fiz um passeio de 5 horas em estrada. Foi uma tortura a partir da segunda hora. O danado espreme o topo da cabeça como uma morsa e as últimas horas foram muito difíceis. Decidi que não usarei o capacete por longos períodos até sentir que ele assentou. Capacetes tem diferentes formatos de casco e de componentes internos. O ideal é poder adquirir um capacete com as forrações personalizáveis, com camadas de espuma que podem ser removidas para um melhor caimento. Só que estamos no Patropi e esses capacetes são raros e caros demais.
Vamos ao capacete. Os Bell são considerados capacetes intermediários, em qualidade e preço. Mas, vale uma observação: pelo preço, eles entregam ótima qualidade. Assim, a escolha vai pela relação custo x benefício. Eles passaram a ser importados há não muito tempo para o Brasil e, aparentemente, vieram num lote enorme antes da alta do dólar, pois ainda estão disponíveis a bons preços. Minha fonte inestimável de avaliações, a WebBikeWorld, fez avaliação desse capacete em 2016 e os resultados foram animadores. Pude experimentar um Qualifier comum (o DLX é o modelo "de luxo") e achei confortável. O capacete tem suas forrações removíveis e laváveis, a cinta jugular é acolchoada e tem o sistema de fivela duplo "D".
Vem com bavete e narigueira removíveis também. O DLX aparece na possibilidade de utilização de sistemas de comunicação embutidos no compartimento do lado esquerdo:
Ele acomoda o Bell Sena SMH10, além dos Cardo Scala Rider Q1 e Q3.
O destaque deste modelo é seu sistema de ventilação, com 3 entradas: no queixo, na testa e no topo do casco, com uma saída única na parte de trás.
As três aberturas são de manuseio muito fácil, mas no nosso clima é muito difícil dizer se estão fazendo algum efeito.
O modelo Rally tem esse grafismo clássico com a "speed stripe" correndo ao longo do capacete. A pintura é de boa qualidade com acabamento fosco, quase imune a marcas de dedos e outras nojeiras.
O tecido da forração é agradável ao tato e tanto ele como a espuma são de boa qualidade.
Confesso que é o primeiro capacete que tenho com a fivela duplo "D", que requer algum costume. Mas isso vem rápido.
Pesa, segundo o fabricante, cerca de 1500g. Parece mais leve. O padrão DOT é considerado ultrapassado no mercado internacional, pois só é utilizado pelo americanos. De qualquer forma, aplicou-se a norma 7471 do INMETRO para sua homologação no Brasil.
Quanto ao uso propriamente dito: não é dos mais silenciosos e entra vento. Nada disso é problema grave, a não ser para aqueles que se recusam terminantemente a usar protetor auricular. Aliás, abro meu parênteses aqui: este é o melhor capacete que já tive para uso com protetores auriculares. Alguns modelos tem a forração muito justa na altura das orelhas, o que pressiona e causa dor. No DLX Rally as orelhas ficam num ótimo espaço vazio e não senti a pressão em nenhum momento. Crianças: não peguem estrada sem usar protetores auriculares.
Quanto ao vento que entra, deixa de frescura e use uma pescoceira ou lenço, cachecol, qualquer coisa. Resolve seu problema e, quando você quiser refrescar, é só tirar que vai entrar vento que é uma beleza. Não existe equipamento perfeito e nenhum funciona igual para todo mundo. Sempre busque o que mais funciona para você.
Vou fazer uma atualização em breve, depois que utilizar mais a viseira Transitions.
Enquanto o Borges não sai do spa, vamos dar uma olhadela no meu novo capacete de uso diário. Como mencionei num post anterior, escolhi o Bell Qualifier DLX Rally para substituir o excelente Caberg HyperX.
Lamentavelmente, os Caberg não são mais importados para o Brasil e, como sabemos, por aqui não se consegue reposição de peças de capacetes com tanta facilidade. Com o casco ainda íntegro, o HyperX sofre do mal da acomodação. A espuma e, suponho, também a camada de isopor, cederam e o 56 virou um belo dum 58, só dá para usar com touquinha na cabeça. De qualquer forma, o HyperX cumpriu seu papel por 4 anos de uso diário.
Quando escolhi o Bell, tive que tomar uma decisão com relação ao fato de não estar equipado com viseira solar. Tenho certa sensibilidade à luz solar - resultado principalmente da cirurgia para correção de miopia a que me submeti há 13 anos - e viseiras mais escuras durante o dia são essenciais. Aqui em Brasília temos um inverno com dias muito ensolarados e luminosos. Com meu primeiro capacete, um LS2, eu carregava a viseira cristal na mochila ou no baú. Eu trabalhava à tarde e voltava para casa à noite e trocar a viseira era necessário. Não gosto e não é seguro andar com viseira escura à noite, além de ser ilegal. A troca era fácil, mas não tanto quanto no Bell, um dos melhores engates rápidos que já vi, pelo menos entre os capacetes que usei.
Ao fazer minha pesquisa descobri a existência das viseiras Transitions, tratamento já bastante conhecido por quem usa óculos.
É a velha e boa lente fotocromática, ou seja, escurece na presença de luz forte. O preço no Brasil é proibitivo, passa dos 850 temers, bem mais caro que o próprio capacete, que saiu por 600 na Masada, com frete grátis. A solução foi descobrir alguém que pudesse trazer uma para mim dos EUA, onde ela custa cerca de 140 trumps. Aí alguém vai dizer: "mas pagou caro mesmo assim, ó o dólar como está alto!". Verdade. Só que, por causa do meu trabalho, tenho conta em banco nos EUA onde ainda tenho algumas doletas, que nunca foram convertidas, assim o que paguei em dólar, paguei realmente em dólar.
A viseira, que adquiri na Revzilla, chegou trazida por um colega de trabalho. Produto original, com a diferença da logomarca no canto superior esquerdo.
Como eu disse, o AGV machucava a minha testa. Bem, parece ser mal de capacetes mais..."esportivos". Recebi o Bell na segunda e, no domingo seguinte, fiz um passeio de 5 horas em estrada. Foi uma tortura a partir da segunda hora. O danado espreme o topo da cabeça como uma morsa e as últimas horas foram muito difíceis. Decidi que não usarei o capacete por longos períodos até sentir que ele assentou. Capacetes tem diferentes formatos de casco e de componentes internos. O ideal é poder adquirir um capacete com as forrações personalizáveis, com camadas de espuma que podem ser removidas para um melhor caimento. Só que estamos no Patropi e esses capacetes são raros e caros demais.
Vamos ao capacete. Os Bell são considerados capacetes intermediários, em qualidade e preço. Mas, vale uma observação: pelo preço, eles entregam ótima qualidade. Assim, a escolha vai pela relação custo x benefício. Eles passaram a ser importados há não muito tempo para o Brasil e, aparentemente, vieram num lote enorme antes da alta do dólar, pois ainda estão disponíveis a bons preços. Minha fonte inestimável de avaliações, a WebBikeWorld, fez avaliação desse capacete em 2016 e os resultados foram animadores. Pude experimentar um Qualifier comum (o DLX é o modelo "de luxo") e achei confortável. O capacete tem suas forrações removíveis e laváveis, a cinta jugular é acolchoada e tem o sistema de fivela duplo "D".
Vem com bavete e narigueira removíveis também. O DLX aparece na possibilidade de utilização de sistemas de comunicação embutidos no compartimento do lado esquerdo:
Ele acomoda o Bell Sena SMH10, além dos Cardo Scala Rider Q1 e Q3.
O destaque deste modelo é seu sistema de ventilação, com 3 entradas: no queixo, na testa e no topo do casco, com uma saída única na parte de trás.
As três aberturas são de manuseio muito fácil, mas no nosso clima é muito difícil dizer se estão fazendo algum efeito.
O modelo Rally tem esse grafismo clássico com a "speed stripe" correndo ao longo do capacete. A pintura é de boa qualidade com acabamento fosco, quase imune a marcas de dedos e outras nojeiras.
O tecido da forração é agradável ao tato e tanto ele como a espuma são de boa qualidade.
Confesso que é o primeiro capacete que tenho com a fivela duplo "D", que requer algum costume. Mas isso vem rápido.
Pesa, segundo o fabricante, cerca de 1500g. Parece mais leve. O padrão DOT é considerado ultrapassado no mercado internacional, pois só é utilizado pelo americanos. De qualquer forma, aplicou-se a norma 7471 do INMETRO para sua homologação no Brasil.
Quanto ao uso propriamente dito: não é dos mais silenciosos e entra vento. Nada disso é problema grave, a não ser para aqueles que se recusam terminantemente a usar protetor auricular. Aliás, abro meu parênteses aqui: este é o melhor capacete que já tive para uso com protetores auriculares. Alguns modelos tem a forração muito justa na altura das orelhas, o que pressiona e causa dor. No DLX Rally as orelhas ficam num ótimo espaço vazio e não senti a pressão em nenhum momento. Crianças: não peguem estrada sem usar protetores auriculares.
Quanto ao vento que entra, deixa de frescura e use uma pescoceira ou lenço, cachecol, qualquer coisa. Resolve seu problema e, quando você quiser refrescar, é só tirar que vai entrar vento que é uma beleza. Não existe equipamento perfeito e nenhum funciona igual para todo mundo. Sempre busque o que mais funciona para você.
Vou fazer uma atualização em breve, depois que utilizar mais a viseira Transitions.