quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Yamaha: 40 anos de Brasil

Virei Yamahista quase por default. O primeiro veículo de duas rodas em casa foi uma Garelli Katia.
A única diferença é que a nossa tinha assento integral.
A primeira moto propriamente dita, e que ficou na família um tempão, foi esta:
Yamaha RX80E Carona. A Carona nada mais era do que a RX 80 normal, empobrecida, para baratear. O que era cromado passou a ser pintado, o pedal de partida longo foi substituído por esse que dobra na parte superior - e machucava o tornozelo que era uma beleza -, teve a quinta marcha suprimida sem o reescalonamento da quarta, tinha pneus mais estreitos e não vinha com o retrovisor direito. O resto era basicamente o mesmo da RX80.
Meu saudoso amigo Jean tinha uma dessa aí, branca, cheia de acessórios bacanas. De oitentinha não tinha muita coisa, o motor era de 73cc, assim como a substituída RD75:
Eram motinhos honestas e muito divertidas, além de incrivelmente econômicas. A RD75, por sua vez, complementou a linha da Yamaha que à época contava com a primeira moto produzida no Brasil, a clássica RD 50:
Acima disso vieram, primeiro, a RS125
substituída depois pela RX125:
Essa moto deu pau em muita CG por aí. Nos anos 80 era comum a rapaziada dar uma "tunada" nesses foguetinhos, com rodas de liga e/ou paralama traseiro da TT 125. Ela teve ainda a versão a álcool, que, como a CG a álcool, não durou muito:
Usando a mesma base, e de olho no crescente mercado fora-de-estrada veio a TT 125:
Apesar de não ser uma "especialista", não dava chabu e aguentava bem o tranco.
Fora de estrada mesmo era esta:

A DT ganhou muitos campeonatos e enduros Brasil afora e durou até início dos anos 90, quando era fabricada com motor de 200cc refrigerado a água. 
Na categoria 180 a Yamaha tinha ainda a RX180:
Vinha em duas versões, a Custom (foto), com freio dianteiro a disco e a Avant, com freio a tambor. Tirei minha habilitação numa dessas. Subestimada, era um foguetinho também, muito gostosa de pilotar.
No começo dos anos 80 a Yamaha dá uma chacoalhada no mercado lançado a (ainda) moderna RD-z, de 125cc:
Um bocado mais moderna, dividia a parte de baixo do motor com a DT 180. Tinha um barulho gostoso, mas muita gente trocava o escape original pelos Sarachú. Durou até os anos 90, quando teve uma irmã, a RD125 que substituiu a RX. Depois ambas passaram a ter 135cc.
Não dá para deixar de lado outro ícone fabricado no Brasil, a RD 350LC.
Herdeira legítima da lendária Viúva Negra, ambas canhões em duas rodas, a diferença é que a mais moderna acelerava muito, mas também conseguia parar.
A Viúva Negra fez sua fama no Brasil no início dos anos 70 quando ainda era importada e era a única moto que fazia frente às 7 Galo, apelido dado às Honda CB 750:
Essa moto fez muitas vítimas porque era leve, acelerava muito, mas parava pouco. O modelo da foto já tinha freio a disco, mas as primeiras só contavam com o freio a tambor.
E aqui algumas curiosidades. Alguns modelos clássicos mas menos conhecidos do público brasileiro:
Essa é a XJ 900 Seca, uma das últimas dessa família, que começou com os modelos de 650cc. Nunca foi trazida ao Brasil, mas repare no modelo das rodas, muito semelhante ao da RD 350 LC ali em cima. Ambas era fabricadas na mesma época.
Em meados dos anos 80 a Yamaha se saiu com a revolucionária FZ 750, cujo motor tinha os cilindros inclinados a 45º e com 5 válvulas por cilindro.
Por causa da posição do bloco de cilindros os corpos de injeção tinham um fluxo quase vertical.
Esse motor inspirou um outro modelo, nunca trazido para o Brasil, mas cujo nome existe até hoje entre nós: Fazer.
Seu nome oficial era FZS 700 e era um misto de FZ com V-Max:
E é isso, uma pequena homenagem minha aos 40 anos da Yamaha Motor do Brasil.

2 comentários:

  1. Meus parabéns bela demostração de paixão pela marca Yamaha , muito bem elaborado , sou apaixonado também comecei com uma tt 125 , hoje estou a procura de rd 50 ou rd 75 para restauro e a mosca branca rx 125 alcool , grato .

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  2. Vivi estes 40 anos e vi dos modelos mais antigos até os mais novos rodando por todo lado, inclusive, devo ressaltar o fato que os motores eram dois tempos e furiosos mesmo para as motos " cinquentinhas". Tenho muita saudade! !!!
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