A regra dos 4 minutos.
Muita gente não faz ideia de que regra é essa. É simples: os momentos mais perigosos do seu dia são os quatro primeiros e os quatro últimos minutos de qualquer deslocamento, principalmente o primeiro e o último do dia. Vamos lá: os primeiros quatro minutos do seu primeiro deslocamento, digamos de casa para o trabalho, são perigosos porque tudo ainda está frio. Motociclista, freios, motor, tudo ainda está acordando. Atenção redobrada pois outros motoristas e motociclistas podem também estar meio sonolentos, aumentando as chances de acidente.
Passados esses quatro minutos, você e sua moto entram no ritmo. Já os quatro últimos são perigosos porque você está perto do destino e aí baixa a guarda e se distrai mais facilmente. Esses quatro minutos requerem cuidado especial se você estiver voltando para casa ao fim de um dia de trabalho. É natural relaxar porque já se está quase em casa, o território é conhecido e tal. Já vi gente se estabacar feio a 100 metros de casa, depois de um deslocamento de dezenas de quilômetros. Essa regra vale também para a estrada.
Esse relaxamento também pode ocorrer quando se conhece bem o trajeto. Motociclistas que usam sempre a mesma rota todos os dias, correm o risco de prestar menos atenção pois sabem onde estão cada buraco e defeito da pista. Sempre que possível, faça rotas alternativas, evitando assim a síndrome do "trajeto familiar".
E quando H2O cai dos céus? Oh, céus. E agora?
Não tema. As regras não mudam. Muito.
Vamos começar pela roupa. Há poucas coisas piores do que tentar pilotar uma moto todo molhado. Mesmo uma chuva de verão, rapidinha, pode encharcar o piloto e, como a moto em movimento, as mãos tendem a ficar frias. Os reflexos ficam afetados e aí... Na falta de botas impermeáveis apropriadas, motofretistas aqui no Brasil usam galochas. Não são o ideal, mas são muito melhores que tênis, sapatos de cano baixo e outros calçados que deixam passar água. Um bom conjunto impermeável ajuda bastante. São incômodos de usar, verdade, mas pelo menos chega-se seco ao destino. Esses conjuntos impermeáveis são normalmente meio grandes, para serem usados mesmo por cima de uma jaqueta não impermeável. É possível até mesmo usá-los por cima de mochilas. De qualquer forma, o incômodo é atenuado pela sensação de estar seco por baixo da capa. Já com as mãos não tem jeito. O jeito é luva impermeável. Um saco de plástico pode ser uma solução temporária, mas atrapalha demais a pilotagem, assim como os ditos sacos cobrindo os pés. Existem polainas para esse fim. São adequadas e bem acessíveis.
Roupa vestida, marcha engatada e lá vamos nós. Atenção redobrada, velocidade reduzida e suavidade na condução. Atenção redobrada: tem muito mais coisas acontecendo à sua volta. Sua visão está atrapalhada pela água na viseira, que não tem limpador.
A água esconde tudo quanto é tipo de armadilha nas vias. Aquele buraquinho que você está acostumado a ver, foi para onde? Não há mais referencial. Além do mais, a chuva pode ter aumentado o dito buraquinho e o transformado em uma cratera. Não espere que os condutores de outros veículos tenham cuidado ao passar em pontos alagados.
Eles vão continuar como se você não estivesse por ali e dá-lhe água. Procure, sempre que possível, se distanciar dos outros veículos e prepare-se quando não tiver como escapar daquele banho de água suja que vai empastelar a viseira do seu capacete.
Velocidade reduzida: além das mencionadas armadilhas, o piso fica outro quando coberto de água. Seus pneus, mesmo em boas condições, tem um limite de aderência que deve ser respeitado. Se a chuva for a primeira após um período de estiagem, então o cuidado deverá ser triplicado. A camada de óleo, graxa e resíduos de todo o tipo vira uma camada de sabão enquanto não for lavada pela chuva. E só uma chuva muito forte e razoavelmente prolongada poderá fazê-lo. Portanto, muito, muito cuidado nessas condições.
Suavidade na pilotagem: acelere e freie com cuidado. As condições do piso sob chuva, como dito, ficam muito diferentes e qualquer descuido significa chão. Acelerar, principalmente em saída de curva, deve ser feito com extremo cuidado e suavidade, para evitar destracionamento. Corrigir a saída nessas condições é muito difícil. Uma saída de frente, então, é quase impossível. A mesma coisa vale para a frenagem. O piloto deve estar atento para as condições à sua frente, e iniciar a frenagem muito antes do que faria em condições normais. Atenção redobrada com o trânsito à sua volta, pois os motoristas, em suas gaiolas cheias de películas escuras, não tem noção total do que está acontecendo e podem não notar que você está diminuindo a velocidade para depois iniciar uma frenagem. Se você está atrasado, não tente ganhar tempo. Você vai se dar mal. Situações de chuva não acontecem todos os dias. Em algumas regiões do Brasil acontecem em épocas específicas e, se você não está habituado a pilotar nessas condições, muita atenção e cuidado. Suavidade sempre.
Muita gente não faz ideia de que regra é essa. É simples: os momentos mais perigosos do seu dia são os quatro primeiros e os quatro últimos minutos de qualquer deslocamento, principalmente o primeiro e o último do dia. Vamos lá: os primeiros quatro minutos do seu primeiro deslocamento, digamos de casa para o trabalho, são perigosos porque tudo ainda está frio. Motociclista, freios, motor, tudo ainda está acordando. Atenção redobrada pois outros motoristas e motociclistas podem também estar meio sonolentos, aumentando as chances de acidente.
Passados esses quatro minutos, você e sua moto entram no ritmo. Já os quatro últimos são perigosos porque você está perto do destino e aí baixa a guarda e se distrai mais facilmente. Esses quatro minutos requerem cuidado especial se você estiver voltando para casa ao fim de um dia de trabalho. É natural relaxar porque já se está quase em casa, o território é conhecido e tal. Já vi gente se estabacar feio a 100 metros de casa, depois de um deslocamento de dezenas de quilômetros. Essa regra vale também para a estrada.
Esse relaxamento também pode ocorrer quando se conhece bem o trajeto. Motociclistas que usam sempre a mesma rota todos os dias, correm o risco de prestar menos atenção pois sabem onde estão cada buraco e defeito da pista. Sempre que possível, faça rotas alternativas, evitando assim a síndrome do "trajeto familiar".
E quando H2O cai dos céus? Oh, céus. E agora?
Não tema. As regras não mudam. Muito.
Vamos começar pela roupa. Há poucas coisas piores do que tentar pilotar uma moto todo molhado. Mesmo uma chuva de verão, rapidinha, pode encharcar o piloto e, como a moto em movimento, as mãos tendem a ficar frias. Os reflexos ficam afetados e aí... Na falta de botas impermeáveis apropriadas, motofretistas aqui no Brasil usam galochas. Não são o ideal, mas são muito melhores que tênis, sapatos de cano baixo e outros calçados que deixam passar água. Um bom conjunto impermeável ajuda bastante. São incômodos de usar, verdade, mas pelo menos chega-se seco ao destino. Esses conjuntos impermeáveis são normalmente meio grandes, para serem usados mesmo por cima de uma jaqueta não impermeável. É possível até mesmo usá-los por cima de mochilas. De qualquer forma, o incômodo é atenuado pela sensação de estar seco por baixo da capa. Já com as mãos não tem jeito. O jeito é luva impermeável. Um saco de plástico pode ser uma solução temporária, mas atrapalha demais a pilotagem, assim como os ditos sacos cobrindo os pés. Existem polainas para esse fim. São adequadas e bem acessíveis.
Roupa vestida, marcha engatada e lá vamos nós. Atenção redobrada, velocidade reduzida e suavidade na condução. Atenção redobrada: tem muito mais coisas acontecendo à sua volta. Sua visão está atrapalhada pela água na viseira, que não tem limpador.
A água esconde tudo quanto é tipo de armadilha nas vias. Aquele buraquinho que você está acostumado a ver, foi para onde? Não há mais referencial. Além do mais, a chuva pode ter aumentado o dito buraquinho e o transformado em uma cratera. Não espere que os condutores de outros veículos tenham cuidado ao passar em pontos alagados.
Eles vão continuar como se você não estivesse por ali e dá-lhe água. Procure, sempre que possível, se distanciar dos outros veículos e prepare-se quando não tiver como escapar daquele banho de água suja que vai empastelar a viseira do seu capacete.
Velocidade reduzida: além das mencionadas armadilhas, o piso fica outro quando coberto de água. Seus pneus, mesmo em boas condições, tem um limite de aderência que deve ser respeitado. Se a chuva for a primeira após um período de estiagem, então o cuidado deverá ser triplicado. A camada de óleo, graxa e resíduos de todo o tipo vira uma camada de sabão enquanto não for lavada pela chuva. E só uma chuva muito forte e razoavelmente prolongada poderá fazê-lo. Portanto, muito, muito cuidado nessas condições.
Suavidade na pilotagem: acelere e freie com cuidado. As condições do piso sob chuva, como dito, ficam muito diferentes e qualquer descuido significa chão. Acelerar, principalmente em saída de curva, deve ser feito com extremo cuidado e suavidade, para evitar destracionamento. Corrigir a saída nessas condições é muito difícil. Uma saída de frente, então, é quase impossível. A mesma coisa vale para a frenagem. O piloto deve estar atento para as condições à sua frente, e iniciar a frenagem muito antes do que faria em condições normais. Atenção redobrada com o trânsito à sua volta, pois os motoristas, em suas gaiolas cheias de películas escuras, não tem noção total do que está acontecendo e podem não notar que você está diminuindo a velocidade para depois iniciar uma frenagem. Se você está atrasado, não tente ganhar tempo. Você vai se dar mal. Situações de chuva não acontecem todos os dias. Em algumas regiões do Brasil acontecem em épocas específicas e, se você não está habituado a pilotar nessas condições, muita atenção e cuidado. Suavidade sempre.
Chuva, perigo independente de quantas rodas você está pilotando.
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