Dando continuidade ao nosso pequeno guia básico para o motociclista iniciante, nosso tópico agora é equipamento de segurança. Basta uma pequena volta por aí para ver como eles são ignorados e/ou utilizados de forma inadequada. Não digo que os equipamentos de segurança evitam acidentes - que é verdadeiro em alguns casos - mas é inegável que o número de vítimas, inclusive fatais, poderia ser muito menor se o uso de equipamentos de segurança fosse regulamentado e fiscalizado. A falta de responsabilidade e a ignorância são responsáveis pelo descaso com os equipamentos e, por consequência, com a integridade física e a vida dos motociclistas. O que é preciso para uma pilotagem segura? Capacete, jaqueta, luvas, calça e bota. Isso é o básico. Infelizmente, apenas o uso do capacete está regulamentado e, portanto, é obrigatório. Isso não quer dizer que todo mundo que roda de moto esteja cumprindo a lei ou mesmo protegendo sua própria vida. Capacetes em mau estado, com cintas desafiveladas ou frouxas, de tamanho errado...a lista é gigante. Entenda uma coisa: o capacete é a única coisa que pode proteger sua cabeça (crânio, cérebro, nariz, boca, olhos e tudo o mais que vem com ela) num acidente. Daí a importância de se escolher e utilizar bem o equipamento. Como escolher? Ora, indo a uma loja especializada e experimentando. Dicas básicas: o capacete deve ser justo. Sim, as bochechas devem ser comprimidas ligeiramente, o capacete não pode girar na cabeça. O lugar dele é preso, firme. A cinta jugular deve ser sempre justa, sem enforcar, mas justa. "Tem que caber um dedo" é mito. Explico: numa batida o corpo normalmente é ejetado com forças muito grandes. Se o capacete não estiver bem preso ele vai ser a primeira coisa a sair voando, desprotegendo assim o incauto motociclista.
O modelo mais seguro é sem sombra de dúvidas, o fechado, este:
Modelos como o aberto
também podem ser usados, mas oferecem muito menos proteção, tanto contra o vento quanto na eventualidade de um acidente. Pode ser usado na cidade, em pequenos deslocamentos, jamais na estrada.
Capacetes off-road como este
requerem o uso de óculos especiais
não sendo permitidos óculos de grau ou de sol, comuns. Você poderá até circular sem ser molestado, afinal, a fiscalização é frouxa, mas não são recomendados por não protegerem adequadamente.
Esse bicho aí em cima é o tal capacete "coquinho". Você vai ver muitos deles por aí, junto com outras variações do mesmo tema. É proibido, não é certificado pelo Inmetro e não protege coisa alguma. Fuja dele.
O modelo clássico
pode ser utilizado, desde que certificado e com óculos de proteção.
A viseira deve estar sempre fechada e à noite nada de viseira fumê. É proibido além de perigoso.
Capacetes normalmente tem vida útil de três a cinco anos. Mesmo sem quedas, o material perde sua capacidade de absorção de choque. Pequenas quedas também vão tirando essa capacidade de absorção. Agora, em caso de queda com batida forte, não tenha dúvidas, lixo com ele e compre um novo.
Cuidados com o casco e o forro também contribuem para o prolongamento da vida útil. Lave o forro com frequência (se for do tipo removível) e mantenha a viseira limpa e sem riscos. Viseira riscada e suja é um problema principalmente à noite. Abrir a viseira além de ilegal, atrapalha.
Esse é o item obrigatório por lei. Vamos à jaqueta. Bicho, jaquetinha de nylon, jeans, algodão não serve para andar de moto. Até pode proteger você do vento. E só. Jaqueta de couro só se for feita para uso motociclístico, com proteções rígidas nos ombros, cotovelos e proteção lombar. Jaquetas comuns não vão proteger adequadamente numa queda.
Os modelos modernos, de tecido sintético - normalmente poliéster 600D - são os mais indicados para o dia-a-dia. Além de mais frescos, são mais leves.
Em locais quentes, prefira as mais ventiladas. Jaquetas impermeáveis tem a desvantagem de serem mais quentes. Pessoalmente, prefiro jaquetas de verão com forro impermeável removível, que fica permanentemente no baú, caso chova. O importante é que a jaqueta tenha proteções e seja desenhada e fabricada para o fim específico de uso motociclístico. O importante lembrar aqui é, sem a jaqueta, o único couro a entrar em contato com o asfalto é o seu próprio. Capa de chuva não é substituto para jaqueta, é um acréscimo.
Luvas. Ahhh, itenzinho tão deixado de lado pela maioria. A razões são muitas. "Luvas para andar na cidade? Pra quê? Nem tá frio"...e por aí vai. Veja bem, numa queda, a primeira coisa que fazemos, por instinto, é levar as mãos à frente do corpo. Em qualquer queda. Sacou onde quero chegar? Pois é.
O ideal, evidentemente, são luvas que protejam ambos os lados das mãos. Tecidos anti-derrapantes e anti-abrasivos na palma, e proteções rígidas para dedos e juntas nas costas.
Preferência pessoal minha, para uso estritamente urbano e em dias secos, são as luvas de motocross
por serem mais flexíveis, arejadas e por terem punhos curtos, muito mais fáceis de tirar e calçar. Para viagens, prefira as mais elaboradas, com punhos longos e proteções para as costas das mãos e dedos. Há ainda modelos impermeáveis. Luvas meio-dedo são muito estilosas. E só.
Chegando lá nos pés, prefira calçados do tipo bota, pois protegem melhor dedos, peito dos pés e tornozelos. Costumo utilizar botas de montanha como estas
que, com seu cano mais alto, consegue proteger bem. Botas muito maleáveis, de nobuk ou nylon vão deixar a parte superior dos pés mais sujeita a lesões. Para o dia-a-dia, prefira as botas de cano baixo, mas práticas
e confortáveis. Para chuva e estrada, aí nada como as de cano mais alto.
Calças...bem, ninguém - nem eu - usa calças específicas na cidade, né? Não. Mas pior que isso é usar bermudas, shorts e afins. Existem marcas que fabricam jeans com proteções. Não são lá muito baratas, mas protegem melhor. Na dúvida, prefira circular sempre de calças, nunca de bermudas. Agora, pegou estrada, se não possuir uma calça específica, consiga protetores para os joelhos e canelas, para usar sobre a calça jeans. Melhor que nada.
Finalizando, não basta ter um de cada. Dobre seu equipamento: dois capacetes (podem até ser de tipos diferentes), duas jaquetas (idem), dois pares de luvas, etc. No caso da jaqueta, enquanto você põe uma para lavar, tem outra para usar. Você pode ainda ter luvas de verão e de inverno/impermeáveis, o mesmo valendo para as botas e por aí afora.
Existem no mercado uma série de outros equipamentos que facilitam a vida do motociclista, mas aqui só tratei do equipamento básico. Posteriormente farei um post com esses outros acessórios.
O modelo mais seguro é sem sombra de dúvidas, o fechado, este:
Modelos como o aberto
também podem ser usados, mas oferecem muito menos proteção, tanto contra o vento quanto na eventualidade de um acidente. Pode ser usado na cidade, em pequenos deslocamentos, jamais na estrada.
Capacetes off-road como este
requerem o uso de óculos especiais
não sendo permitidos óculos de grau ou de sol, comuns. Você poderá até circular sem ser molestado, afinal, a fiscalização é frouxa, mas não são recomendados por não protegerem adequadamente.
Esse bicho aí em cima é o tal capacete "coquinho". Você vai ver muitos deles por aí, junto com outras variações do mesmo tema. É proibido, não é certificado pelo Inmetro e não protege coisa alguma. Fuja dele.
O modelo clássico
pode ser utilizado, desde que certificado e com óculos de proteção.
A viseira deve estar sempre fechada e à noite nada de viseira fumê. É proibido além de perigoso.
Capacetes normalmente tem vida útil de três a cinco anos. Mesmo sem quedas, o material perde sua capacidade de absorção de choque. Pequenas quedas também vão tirando essa capacidade de absorção. Agora, em caso de queda com batida forte, não tenha dúvidas, lixo com ele e compre um novo.
Cuidados com o casco e o forro também contribuem para o prolongamento da vida útil. Lave o forro com frequência (se for do tipo removível) e mantenha a viseira limpa e sem riscos. Viseira riscada e suja é um problema principalmente à noite. Abrir a viseira além de ilegal, atrapalha.
Esse é o item obrigatório por lei. Vamos à jaqueta. Bicho, jaquetinha de nylon, jeans, algodão não serve para andar de moto. Até pode proteger você do vento. E só. Jaqueta de couro só se for feita para uso motociclístico, com proteções rígidas nos ombros, cotovelos e proteção lombar. Jaquetas comuns não vão proteger adequadamente numa queda.
Os modelos modernos, de tecido sintético - normalmente poliéster 600D - são os mais indicados para o dia-a-dia. Além de mais frescos, são mais leves.
Em locais quentes, prefira as mais ventiladas. Jaquetas impermeáveis tem a desvantagem de serem mais quentes. Pessoalmente, prefiro jaquetas de verão com forro impermeável removível, que fica permanentemente no baú, caso chova. O importante é que a jaqueta tenha proteções e seja desenhada e fabricada para o fim específico de uso motociclístico. O importante lembrar aqui é, sem a jaqueta, o único couro a entrar em contato com o asfalto é o seu próprio. Capa de chuva não é substituto para jaqueta, é um acréscimo.
Luvas. Ahhh, itenzinho tão deixado de lado pela maioria. A razões são muitas. "Luvas para andar na cidade? Pra quê? Nem tá frio"...e por aí vai. Veja bem, numa queda, a primeira coisa que fazemos, por instinto, é levar as mãos à frente do corpo. Em qualquer queda. Sacou onde quero chegar? Pois é.
O ideal, evidentemente, são luvas que protejam ambos os lados das mãos. Tecidos anti-derrapantes e anti-abrasivos na palma, e proteções rígidas para dedos e juntas nas costas.
Preferência pessoal minha, para uso estritamente urbano e em dias secos, são as luvas de motocross
por serem mais flexíveis, arejadas e por terem punhos curtos, muito mais fáceis de tirar e calçar. Para viagens, prefira as mais elaboradas, com punhos longos e proteções para as costas das mãos e dedos. Há ainda modelos impermeáveis. Luvas meio-dedo são muito estilosas. E só.
Chegando lá nos pés, prefira calçados do tipo bota, pois protegem melhor dedos, peito dos pés e tornozelos. Costumo utilizar botas de montanha como estas
que, com seu cano mais alto, consegue proteger bem. Botas muito maleáveis, de nobuk ou nylon vão deixar a parte superior dos pés mais sujeita a lesões. Para o dia-a-dia, prefira as botas de cano baixo, mas práticas
e confortáveis. Para chuva e estrada, aí nada como as de cano mais alto.
Calças...bem, ninguém - nem eu - usa calças específicas na cidade, né? Não. Mas pior que isso é usar bermudas, shorts e afins. Existem marcas que fabricam jeans com proteções. Não são lá muito baratas, mas protegem melhor. Na dúvida, prefira circular sempre de calças, nunca de bermudas. Agora, pegou estrada, se não possuir uma calça específica, consiga protetores para os joelhos e canelas, para usar sobre a calça jeans. Melhor que nada.
Finalizando, não basta ter um de cada. Dobre seu equipamento: dois capacetes (podem até ser de tipos diferentes), duas jaquetas (idem), dois pares de luvas, etc. No caso da jaqueta, enquanto você põe uma para lavar, tem outra para usar. Você pode ainda ter luvas de verão e de inverno/impermeáveis, o mesmo valendo para as botas e por aí afora.
Existem no mercado uma série de outros equipamentos que facilitam a vida do motociclista, mas aqui só tratei do equipamento básico. Posteriormente farei um post com esses outros acessórios.
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