Pedrosa esteve rápido e eficiente o ano todo, mas a pressão nas últimas provas cobrou seu preço. Lorenzo viu Stoner disparar na frente (muito), provando uma vez mais que as Honda são as mais velozes do Mundial. Com seu compatriota fora do páreo, Lorenzo não tinha por que arriscar. Manteve seu ritmo e colheu seu segundo título mundial, merecidíssimo, na minha opinião, pois o piloto amadureceu muito nas últimas temporadas.
Stoner fez sua penúltima prova no Mundial. De aposentadoria anunciada para o fim da temporada atual, queria fazer um bom espetáculo em casa. E conseguiu. Sua temporada foi igualmente irregular, marcada por quedas, mas Stoner - é unanimidade - vai deixar saudades, como deixou Mick Doohan, o australiano cinco vezes campeão mundial.
Stoner foi ainda homenageado com uma curva em seu nome, a Stoner Corner, no circuito de Phillip Island.
Ano que vem tem reviravolta nas equipes, com a dança das cadeiras já praticamente terminada. Volta Valentino Rossi para a Yamaha, num acordo inédito, no qual abriu mão de salário de 15 milhões de euros oferecido pela Audi/Ducati, para voltar como segundo piloto (e ainda mais, segundo piloto de um campeão, posição que já foi de Lorenzo) e ainda tendo que bancar os deslocamentos de seus mecânicos. Isso sim é um verdadeiro piloto, rebatendo com essas decisões aqueles que o acusavam de estar correndo por dinheiro, como um certo comentarista brasileiro. Quer correr e quer vencer. A Honda terá problemas em casa, pois deu todas as chances que pôde para seu protegido Dani Pedrosa, que viu vários de seus companheiros serem campeões, mesmo tendo uma moto feita para ele e para 2013 terá o reforço do campeão da Moto2, o também espanhol Marc Marquez. Jovem, talentoso e rápido, vai aumentar as chances de termos o hino espanhol tocando ainda mais vezes.
Que venha 2013, então.
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