sexta-feira, 19 de julho de 2019

Novo capacete. De novo.

´Dia, povo.
Capacete novo, de novo? Sim, de novo. O Bell Qualifier DLX, no fim das contas, não deu certo. Após cerca de seis meses tentando, optei por me desfazer dele. Caso alguém tenha interesse, procura lá no Enjoei que o preço tá joinha. Está anunciado no OLX também.
A viseira Transitions funcionou legal, mas acabei vendendo separadamente.
O que deu errado? Bem, o formato do casco, basicamente. Aperta horrorosamente no topo da cabeça, nas laterais. A ponto de eu não conseguir passar mais do que 30 minutos direto com ele na cabeça sem começar a sentir. Relendo análises na internet, principalmente a da WebBikeWorld, vi a observação que preferi ignorar: compre um número acima, pois ele tem a tendência a apertar. A mesma indicação sobre o Scorpion que cogitei importar. Resolvi abreviar minha experiência com o bom e barato Bell. Eu poderia tê-lo trocado por um 58 e aproveitado a viseira e tudo bem, só que preferi aproveitar a oportunidade e mudar de estilo de capacete.
A escolha recaiu sobre o tipo de capacete atualmente preferência entre 7 de cada 10 proprietários de moto "adventure", ou "big trails" ou qualquer outra nomenclatura que indique motos do estilo da Tiger, GS, etc: capacetes que tem estilo "off road", mas escamoteáveis e com viseira solar.
E o escolhido da vez foi este:
LS2 Metro Evo Rapid FF324, nessa combinação branco/vermelho.
Não comprei pela internet desta vez, mas na Dany Motos, tradicional loja localizada em Taguatinga/DF. Consegui um ótimo preço pelo capacete (R$ 980,00), bem melhor do que a maioria das lojas online e eles tinham não apenas variedade de grafismos como de tamanho, envergonhado outras lojas de Brasília que só trazem tamanhos maiores e na cor preta. Estamos muito mal de lojas de acessórios aqui, devo dizer. A Dany Motos, entretanto, se não é páreo para lojas de SP, dá show em variedade, preço e, sobretudo, atendimento.
Como a maioria dos LS2 atualmente, o Metro Evo Rapid é muito bem construído e bem acabado. Faço ressalva apenas para a viseira e a pala. A viseira parece ter o sistema de acionamento muito frágil, mole. Mas quando fechada não compromete pois é espessa. Andar com ela aberta, é garantia de barulho. Outra coisa que me decepcionou foi a pala. É muito flexível e vibrou demais com o vento, chegando a fazer meus olhos tremerem, atrapalhando a condução. É possível removê-la, no entanto. O desengate rápido da viseira exige que a pala esteja removida.
Primeira impressão é de barulho alto por causa da pala. A impressão que tive nas primeiras voltas é  de que o ruído seja causado na área de encaixe.
Quanto à vibração, pretendo utilizar algum método para enrijecer a pala. Se der certo, postarei o processo aqui.
Acabamento muito bom, veste justo e firme. A cinta jugular é larga e confortável, a fivela do fecho micrométrico é de metal, mais comum em capacetes mais caros.
O acionamento da viseira solar é feito por botão deslizante, mas não há sistema de mola para recolhê-la, o que seria preferível, mas complicaria o sistema.
O casco, disponível em 3 tamanhos diferentes, é feito em KPA (Kinetic Polymer Alloy) e pesa cerca de 1600 gramas.
Interessante é a compatibilidade com o novo sistema Linkin RidePal III, da Sena. O módulo de comando e a bateria são encaixados em pequenos bolsos na própria cinta jugular. Veka mais aqui no site da Revzilla.

Fico por aqui, por ora. Voltarei com um update quando tiver utilizado mais o capacete. Neste sábado partirei para o interior de SP com minha adorada melhor metade (primeira viagem longa dela) e postarei algo sobre essa viagem após nosso retorno.
Inté.

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ATUALIZAÇÃO
Desisti, ao menos por ora, de usar a pala. Muito barulho e vibração para pouco benefício. A pala só é útil com o sol a pino. Do meio da tarde para frente, ou no comecinho da manhã, com o sol baixo, não faz efeito algum. Ainda não descartei a ideia de reforçá-la, de alguma forma.
Assistindo a um video do viajante holandês Pedro Mota, notei que ele passou a utilizar este mesmo capacete. Preocupou-me o fato de que ele precisou retornar à loja para repor o parafuso que prende a queixeira, viseira e pala, que se soltou. Bom ficar de olho. Provavelmente foi a vibração que fez o parafuso se soltar. Em alguns momentos, no vídeo, dá para notar a vibração.
Fora isso, o capacete é confortável, apesar de barulhento e "ventoso".

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ATUALIZAÇÃO, pt. II
Comprei outro capacete. Fiz mais um teste com o LS2, com o intercom e protetores auriculares. Na ida, 130km sem os protetores. Pude ouvir a música com clareza, mas o barulho do vento era ensurdecedor. Na volta coloquei os protetores. A música quase desapareceu sob os próprios e o barulho do vento.
Há uma entrada de vento pelo lado esquerdo, que não faz muito sentido. Mas é por ali que consegui finalmente passar os fios do sistema. O controle fica um pouco para trás porque os escamoteáveis modernos abrem uma boa porção da queixeira e fica pouco espaço para instalar o intercom. Este, por sua vez, é um baita de um tijolo e só faz aumentar o barulho.
"Garrei" a pensar e comecei a considerar a aquisição de um capacete fechado. Bati um papo com um amigo e quaaaaase fechei negócio num Shoei GT-Air. Ele conseguiria o capacete por R$ 2.500,00, uma bela grana, contra os R$ 2.980,00 que custa no Brasil.
Dei para trás no negócio e continuei a considerar o sofrimento e encarar a viagem com o LS2 ou inverter tudo de novo e usar o Caberg, sensivelmente mais silencioso.
Fuça daqui e dali, comecei a olhar os capacetes da Nolan. O N87 me pareceu uma boa opção, por menos de 2 mil. Dei aquela olhadela básica no site da WebBikeWorld e vi que o danado, lançado mundialmente em 2016, ainda é fabricado com algumas melhorias, mas essencialmente o mesmo (ótimo) capacete.
Negocia daqui e dali, e a galera da Nova Moto Store conseguiu um preço bacana pelo capacete branco, já com Pinlock original. Arriscado, pensei, lembrando da experiência com o Bell.
O N87 é bem leve, fabricado em Policarbonato - Lexan, pesa cerca de 1350g. Suas entradas de ar funcionam bem, a viseira solar tem boa cobertura e o campo de visão é amplo. O capacete é novo e veste justo. Em algum momento devo fazer um teste de várias horas, para verificar se o problema que tive com o Bell não se repetirá. Como está agora, tenho a opção de abraçar o LS2 e encarar a viagem com barulho alternando desconforto, passar o intercom para o Caberg no que seria provavelmente a primeira e última grande viagem dele, ou passar o intercom no apagar das luzes para o Nolan e ver no que dá.
Veremos.

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