O dia estava lindo. Céu azul, pouco vento. Um tantinho frio para as oito da manhã, mas corria tudo bem. Saímos de Araxá às 7:45 da manhã, em nossa viagem de volta a Brasília. Passaríamos por Patos de Minas, Paracatu, Cristalina, pela BR 040.
O trecho inicial de cerca de 230 quilômetros foi cumprido em duas horas. Esse ritmo forte acabou por ofuscar nosso melhor julgamento e acabamos errando o caminho não uma, mas duas vezes. O segundo erro aconteceu na BR365, entre Patos de Minas e Pirapora. Alguns colegas alegam ser impossível errar aquela saída, mas a verdade é que a sinalização de algumas estradas em Minas Gerais deixa muito a desejar. Como íamos em ritmo acelerado, acabamos passando batido pelo ponto em que teríamos que sair da 365 e tomar a 040.
A 365 tem buracos, mas apenas em alguns pontos. Nos demais, a estrada é muito boa e com longas retas.
Anderson, numa Ninja 250, disparou na frente e sumiu. Clau, na GS1200, vinha logo atrás de mim. Posicionei-me para ultrapassar uma carreta, mas recolhi ao deparar com veículos vindo na pista oposta. Ao recolher, acabei muito próximo à carreta e não tive tempo de desviar do buraco enorme, bem no trilho da esquerda.
Pela foto não dá para se ter noção da profundidade. A moto provavelmente "rampou" no primeiro buraco e aterrissou na quina do segundo, empenando as duas rodas - a dianteira chegou a rachar - causando o esvaziamento instantâneo de ambos os pneus.
Não sei como, mas consegui evitar uma queda, que teria sido violenta e com consequências nefastas. Credito isso à moto, muito estável, mesmo tendo ambos os pneus furados. A Branca bamboleou, dançou, pendeu para o lado do acostamento e vi a possibilidade real de me estabacar no matagal. Melhor que me estabacar na pista contrária. Como vinha a 90-100 km/h a moto ainda rodou bastante. Agindo instintivamente, acionei com cuidado ambos os freios e parei a moto.
Passado o susto, eis o resultado:
O Clau se prontificou a buscar ajuda, já que o Anderson tinha sumido na frente. Dei a ele o cartão do meu seguro e aguardei. Clau contou com a enorme boa vontade dos funcionários de uma empresa, não muito longe dali, que permitiram que ele utilizasse o telefone para acionar o socorro. Antes disso, Anderson tinha parado para nos esperar e voltou para aguardar o resgate comigo.
A Sul América Seguros acionou um serviço de resgate em Pirapora, que chegou rapidamente. Enteguei a Branca e minha bagagem (o baú com minhas roupas, trancado e a bolsa de tanque). E voltamos para Brasília. Eu, na garupa da GS1200 do Clau.
Tínhamos acrescentado muitos quilômetros à nossa viagem e o tempo perdido seria impossível de recuperar.
Felizmente, foram apenas danos materiais. A Branca foi trazida para Brasília pela mesma empresa que fez o resgate (Marcelo Reboques, de Pirapora/MG, excelente), onde aguarda orçamento, vistoria e reparos na concessionária Saga Moto, de Taguatinga.
Lições aprendidas? Pelo menos duas: sempre se questione acerca da rota, principalmente se não estiver utilizando o GPS (e mesmo se estiver) ou mapa. E nunca, jamais, posicione-se próximo demais do veículo à frente.
O trecho inicial de cerca de 230 quilômetros foi cumprido em duas horas. Esse ritmo forte acabou por ofuscar nosso melhor julgamento e acabamos errando o caminho não uma, mas duas vezes. O segundo erro aconteceu na BR365, entre Patos de Minas e Pirapora. Alguns colegas alegam ser impossível errar aquela saída, mas a verdade é que a sinalização de algumas estradas em Minas Gerais deixa muito a desejar. Como íamos em ritmo acelerado, acabamos passando batido pelo ponto em que teríamos que sair da 365 e tomar a 040.
A 365 tem buracos, mas apenas em alguns pontos. Nos demais, a estrada é muito boa e com longas retas.
Anderson, numa Ninja 250, disparou na frente e sumiu. Clau, na GS1200, vinha logo atrás de mim. Posicionei-me para ultrapassar uma carreta, mas recolhi ao deparar com veículos vindo na pista oposta. Ao recolher, acabei muito próximo à carreta e não tive tempo de desviar do buraco enorme, bem no trilho da esquerda.
No canto superior direito, a Branca, exatamente onde consegui parar. |
Não sei como, mas consegui evitar uma queda, que teria sido violenta e com consequências nefastas. Credito isso à moto, muito estável, mesmo tendo ambos os pneus furados. A Branca bamboleou, dançou, pendeu para o lado do acostamento e vi a possibilidade real de me estabacar no matagal. Melhor que me estabacar na pista contrária. Como vinha a 90-100 km/h a moto ainda rodou bastante. Agindo instintivamente, acionei com cuidado ambos os freios e parei a moto.
Passado o susto, eis o resultado:
Roda dianteira |
Roda traseira |
A Sul América Seguros acionou um serviço de resgate em Pirapora, que chegou rapidamente. Enteguei a Branca e minha bagagem (o baú com minhas roupas, trancado e a bolsa de tanque). E voltamos para Brasília. Eu, na garupa da GS1200 do Clau.
Tínhamos acrescentado muitos quilômetros à nossa viagem e o tempo perdido seria impossível de recuperar.
Felizmente, foram apenas danos materiais. A Branca foi trazida para Brasília pela mesma empresa que fez o resgate (Marcelo Reboques, de Pirapora/MG, excelente), onde aguarda orçamento, vistoria e reparos na concessionária Saga Moto, de Taguatinga.
Lições aprendidas? Pelo menos duas: sempre se questione acerca da rota, principalmente se não estiver utilizando o GPS (e mesmo se estiver) ou mapa. E nunca, jamais, posicione-se próximo demais do veículo à frente.
Deu muita sorte!!!
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