terça-feira, 7 de junho de 2016

Branca

Chegou a hora da revisão dos 40 mil quilômetros.
Com a Kishi temporariamente fora de combate e a Saga com um posto de serviço na Asa Norte, busquei entre meus amigos uma indicação de um bom mecânico para submeter a Branca à revisão de 40 mil. Não gosto muito do serviço da Saga então nem a considerei.
Meu amigo Cesinha me indicou o mecânico dele, o Toninho, sujeito boa praça e com 30 anos de experiência. Na sua oficina, vi raridades como duas Indian dos anos 30 e uma Yamaha XS 650 Turbo, do começo dos anos 80, além de uma Z1000, todas do mesmo proprietário.
Não é segredo para ninguém que concessionárias não fazem muito além das revisões básicas. Ninguém desmonta a moto toda.
Mas foi exatamente isso o que o Toninho, e o Luis, seu escudeiro, fizeram: desmontaram a branca toda. Rolamentos de roda foram engraxados, a corrente foi completa e profundamente limpa. O mesmo rolou com os corpos da injeção, completamente cobertos por fuligem - nunca haviam sido limpos. Num dos dias que por lá passei, o Luis se ocupava de limpar o painel da moto, aproveitando o estado de desmontagem parcial da Branca. Pedi também que ele desentortasse o suporte do baú, danificado na queda que relatei em um post anterior.
Ao fim de uns dez dias, Toninho devolveu a moto com filtros, óleo e velas trocados. A lâmpada do farol tinha queimado de novo - o que acho que aconteceu lá, mas não polemizei - também foi trocada, além do fluido das bengalas e do cabo de embreagem, que já chegava ao fim da regulagem. Vale lembrar que este era o da Fazer 250, trocado na revisão de 20 mil quilômetros. Ainda estava em ótimo estado, apesar de esticado. O original não durou 20 mil. Custa R$ 98,00 mas é impossível de encontrar para pronta entrega. O da Fazer custa R$ 110,00. Algo de muito errado aqui, dona Yamaha.
Pedi que fizesse uma limpeza profunda do sistema de arrefecimento, o que foi feito. Em 5 mil quilômetros faremos a limpeza de novo, pois daria pra fazer motocross em tanta borra que saiu do sistema.
Assim, Branca saiu renovada, com corpinho de 5 mil, aos 40 mil quilômetros.
Enquanto a Branca ficou no estaleiro, enviei uma peça de cordura que minha mãe, hábil com máquinas de costura, transformou em uma bolsa de ferramentas, no mesmo tamanho e desenho da original, mas com parede dupla, mais resistente, pois a original, produzida em lona, estava toda furada.
Next, reparo do paralamas e pintura da lateral do motor e da rabeta. 

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