segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Hora de trocar de capacete

Qual a hora certa de trocar de capacete? Conheço gente - muita gente - que usa o capacete até o coitado começar a se desfazer. Está errado. Segundo os fabricantes - não há muito consenso - o capacete deve ser usado por no máximo cinco anos, mesmo que ele não tenha sofrido quedas, graves ou não. Isso se deve à perda natural da capacidade de absorção de choque dos materiais usados no fabrico. Óbvio que um capacete feito de fibra de carbono, em tese, pode durar mais que um de fibra ou plástico injetado. De qualquer forma, meus capacetes nunca atingiram esse limite. Pelo menos não na minha cabeça. E nunca joguei fora, sempre vendi para trocar. Foi assim com os dois primeiros, da LS2 e foi assim semana passada com o AGV K3 e o Zeus 806, com o qual fiz as duas grandes viagens de moto da minha vida. Até agora, pelo menos.
O AGV tinha sido anunciado várias vezes, mas gerou pouco interesse. Assim, com o anúncio publicado, acabei por desistir de vendê-lo. Quando estávamos em Cambará do Sul recebi um telefonema de um sujeito interessado. Disse que não queria mais vender e ficou por isso mesmo. Quando voltei para Brasília, outro me ligou interessado. Igualmente disse que não estava mais à venda. Ele estava anunciado por R$ 400,00. Segunda-feira passada outro sujeito me liga perguntando direto qual o preço mínimo que eu faria. Com pouca paciência e já prevendo que o sujeito diria "pô, faz por cenzinho" ou algo do gênero, mandei R$ 250,00. E não é que o cara topou? Pegou o capacete naquele dia mesmo.
Embalado com a venda, decidi de ímpeto anunciar o Zeus também, por meros R$ 180,00, com a viseira reserva que, sozinha, custa R$ 120,00. Vendi em menos de duas horas. Daí me pus a fuçar a internet atrás de um substituto. Vou ficar com dois capacetes em lugar dos três que eu tinha até semana passada. O primeiro da lista é o LS2 FF396:
Esse capacete é negociado entre R$ 740,00 e R$ 790,00. Tem a versão branca como a da foto e outras com decoração discreta, nada de pinturas "tribais". Com viseira solar e pesando cerca de 1.450g casa bem com o uso que eu pretendo dar a ele.
Mas aí, na fuçação internética, topei com esta belezura aqui:
Esse é o Caberg Hyper X. Ele é do tipo modular, bem avaliado em testes, Modular significa que esse modelo é dois em um. A queixeira sai, transformando o capacete num do tipo jet. Segundo o site Web Bike World (ver link acima), ele foi muito bem avaliado em ambas as configurações. O que acontece com esse tipo de capacete é funcionar bem numa configuração e medianamente na outra. Isso não acontece com o Caberg. Desenvolvido e fabricado na Itália ele vem com viseira solar interna, bom nível de ruído, ventilação excelente (de acordo com os americanos do site WBW), mesmo não dispondo de entrada na queixeira. A viseira, de 2,3mm, por sua vez, fica firme no lugar mesmo sem a queixeira, pois ela fica acomodada em um trilho, visível na lateral do capacete, próximo das alavancas vermelhas de liberação da queixeira. O modelo dispõe de preparação para intercomunicados, disponibilizado pela própria Caberg também.


No Brasil esse modelo é encontrado por preços variando entre R$ 880,00 e R$ 990,00. Salvo qualquer imprevisto, esse deve ser o escolhido para proteger minha honorável cabecinha pelos próximos quatro ou cinco anos.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Serras do Sul: outros "personagens"

Todo mundo tem manias. Eu sou cheio delas. Quando viajo, e o faço há um bom tempo, aprendi a ter certas coisas na bagagem, mesmo que não use. Meu velho e bom canivete suíço, por exemplo.
Nesta viagem, além do canivete suíço, levei a multi-ferramenta Leatherman também.
Mas vamos aos outros "personagens":
meu capacete Zeus 802, fiel escudeiro, responsável por manter minha cara longe do vento e minha cabeça inteira,
não é o mais leve do mercado, mas é muito confortável, apesar de um tanto ruidoso. Ganhou viseira nova para a viagem. Dá para ver na foto um parafuso metálico, na peça de encaixe da viseira, onde deveria ter um parafuso plástico. A peça caiu em algum momento, em Urubici. Numa loja de parafusos pedi algo na mesma medida e, por R$ 0,25 consegui esse substituto, devidamente serrado.
Perfex. Presente em toda cozinha desse mundinho velho sem porteira. Levei um na viagem e ele limpou malas, capacete e viseira, botas, calças, jaquetas e o que mais precisasse de uma limpezinha. Limpa bem, fácil de lavar e de secagem rápida, na parada em São José do Rio Preto, o pobrezinho estava assim:
sem uma boa fatia lateral, ele ainda teria utilidade quando a corrente da Branca caiu, já perto de Brasília e precisei sujar a mão para recolocá-la. Ele ainda serviu de calço para a tampa do ralo da banheira, em casa, quando lavei a jaqueta. Acabou no lixo depois disso. Tenha sempre um à mão.
A cada vez que tirava esse kit da bolsa eu olhava para as carinhas risonhas e zombeteiras dos meus companheiros de viagem. Levei dois. Um ainda é o produto original e o outro foi enchido com Cif Vidros e Acrílicos, que uso em casa normalmente, para limpar viseiras e monitores. O paninho é de microfibra e vai tudo dentro desse estojinho. Um bom borrifo e bye bye sujeira, mosquitos e poeira.
Faço sempre uma assepsia ao fim de cada dia. À esquerda o Tira Cheiro para capacetes e jaquetas. É anti-bactericida e serve para manter o mau-cheiro causado por bactérias longe. O Tenys Pé Baruel, jato seco, eu uso em tudo: segunda-pele, meias, sapatos, luvas, jaquetas. Ambos servem para uma assepsia básica, se não der para lavar a roupa e os equipamentos.
Meu tablet Samsung. Ganhou essa cicatriz de guerra no primeiro dia de viagem. Vai ser reparado hoje. Ainda nesse estado foi possível postar os relatos diários da viagem e fazer uma navegação básica. Ele continha também páginas do Guia 4 Rodas escaneadas. Que acabei não usando.

Meu Diário de Bordo. Esse mesmo bloco de notas foi usado na viagem a Rio das Ostras em 2012, para escrever os posts que mais tarde publiquei no blog. Desta vez foi usado para anotar os abastecimentos. Tenho sempre um bloquinho comigo. Em qualquer viagem.
Além desses "equipamentos", ainda levo uma pequena coleção de medicamentos básicos, do tipo que se precisa sempre que não dá para procurar uma farmácia.
Não tenho fotos dele aqui, mas levei um mini-tripé Manfrotto, que foi usado em algumas fotos. Ele é igual a este:
Pequeno, compacto e prático, principalmente para uso com câmeras compactas.
Esses pequenos, mas importantes objetos, foram instrumentais no dia-a-dia dessa fantástica viagem que fizemos.
Inté.