Alguns números desta fantástica viagem: 5.525 quilômetros rodados. 244,51 litros de gasolina (ou coisa parecida) consumidos pela Branca, média de 22,6 km/l. Total gasto com combustível: R$ 738,98 ao preço médio de R$ 3,02/litro.
Em outra nota, sem querer puxar a brasa para a minha sardinha, devo dizer que a Branca confirmou tudo o que eu já sabia sobre ela. O 600cc quadricilíndrico é um motor cheio de saúde, torcudo e que quase não exige uso do câmbio para apresentar bons desempenho e retomadas. Nessa viagem levei cerca de 15 quilos nos alforges e 4 no baú. Não alterei o ajuste da suspensão traseira e não foi necessário. Na volta, num trecho de serra de pavimentação deficiente (ondulada) ela chacoalhou um pouco. Mas bastou tirar a mão para que as coisas se normalizassem. Na ida, no trecho entre Apiaí e Curitiba, de cerca de 160 quilômetros e 2.977 curvas, ela se portou magnificamente.
A sequência quase interminável de curvas judiou da mão direita, mas a XJ6 seguiu impávida. O consumo foi alto nesse trecho, em torno de 19 km/l, porque simplesmente não usei o câmbio, percorri quase todo o trecho em sexta marcha. Poucas motos conseguem fazer isso. Lógico que não eram retomadas de fazer saltar os olhos, mas de maneira alguma eram chochas.
Cometi alguns erros nessa viagem. Entre eles, o principal foi não cuidar da corrente ao fim de cada dia. O resultado disso é que ela chegou a Curitiba muito judiada. Seca, cheia de pontos de ferrugem e com uma folga enorme. No fim da viagem, a corrente chegou a cair, quando passei por um trecho de terra cheio de solavancos. A corrente, assim, desgastou-se, em 5.500 quilômetros, o equivalente aos quatro anos anteriores de uso, inclusos aí a viagem de quase três mil quilômetros a Rio das Ostras. Não cometerei esse erro novamente.
Os Metzeler Z8 são muito bons. Comportaram-se de maneira exemplar, nunca dando sustos. Apresentaram desgaste mínimo e confirmaram sua escolha como acertada.
O pequeno "raid" em que acabamos por nos meter, a caminho de Cambará, cobrou seu preço: apesar da condução cuidadosa, facho baixo do farol e o retentor da bengala esquerda deram adeus. O primeiro resolveu-se com a substituição da lâmpada por R$ 23,00. O segundo deu mais trabalho.
Em toda a região de Caxias do Sul - estávamos em Gramado - somente uma concessionária, a Motolax de Bento Gonçalves tinha a peça. Uma unidade. O reparo todo saiu por R$ 300,00, inclusos os R$ 60,00 do retentor. Menos mal que o atendimento do pessoal da concessionária foi show. Ao Leonardo, Luis e o mecânico cujo nome só me lembro que começa com J, meus agradecimentos. Eles ajustaram a corrente, perceberam que faltava um parafuso no cobre-corrente, lavaram a moto na faixa e ainda deram uma geral nas correntes da Transalp e da F800GS.
Ontem ela saiu da revisão, que custou R$ 595,00 na Kishi Motos, de Brasília. A corrente, apesar de ter permitido um último ajuste, está um lixo. Barulhenta, vibrante, vai ter que ser trocada logo.
Minha conclusão é que a XJ6 é sim uma moto boa de estrada. Num mundo ideal, eu teria uma carenada para viagens, equipada com cruise control, tomada 12V e aquecedor de manoplas. Ela não precisa muito mais que isso.
Os alforges deram conta do recado, não fizeram água. A XJ exige algum jeito na acomodação, mas nada que atrapalhe. Seguiram firmes e não atrapalharam. São ainda mais fáceis de limpar que os de lona, tradicionais, pois seu material é liso.
A bolsa interna do baú, da mesma forma, foi ótima. Levei nela coisas de que eu não precisaria o tempo todo. Assim, ela só foi retirada nas paradas a partir de Curitiba e até Gramado. Na volta, ela permaneceu no baú o tempo todo.
Só para comparação, três motos com motores distintos (dois cilindros paralelos na BMW, dois cilindors em V na Transalp e quatro em linha na XJ) e pilotos de estaturas diferentes, apresentaram os seguintes consumos médios:
Yamaha XJ6n: 22,6 km/l (aferidos)
BMW F800GS: 21,8 km/l (aferidos)
Honda XLV700 Transalp: 18,5 km/l (achômetro, pois o Cesinha não anotou esses dados).
A Transalp foi a que levou mais peso e ainda garupa no trecho Curitiba - Gramado.
Bem parelho, considerando as diferenças, em estilos de pilotagem inclusive.
That´s all folks!
Em outra nota, sem querer puxar a brasa para a minha sardinha, devo dizer que a Branca confirmou tudo o que eu já sabia sobre ela. O 600cc quadricilíndrico é um motor cheio de saúde, torcudo e que quase não exige uso do câmbio para apresentar bons desempenho e retomadas. Nessa viagem levei cerca de 15 quilos nos alforges e 4 no baú. Não alterei o ajuste da suspensão traseira e não foi necessário. Na volta, num trecho de serra de pavimentação deficiente (ondulada) ela chacoalhou um pouco. Mas bastou tirar a mão para que as coisas se normalizassem. Na ida, no trecho entre Apiaí e Curitiba, de cerca de 160 quilômetros e 2.977 curvas, ela se portou magnificamente.
A sequência quase interminável de curvas judiou da mão direita, mas a XJ6 seguiu impávida. O consumo foi alto nesse trecho, em torno de 19 km/l, porque simplesmente não usei o câmbio, percorri quase todo o trecho em sexta marcha. Poucas motos conseguem fazer isso. Lógico que não eram retomadas de fazer saltar os olhos, mas de maneira alguma eram chochas.
Cometi alguns erros nessa viagem. Entre eles, o principal foi não cuidar da corrente ao fim de cada dia. O resultado disso é que ela chegou a Curitiba muito judiada. Seca, cheia de pontos de ferrugem e com uma folga enorme. No fim da viagem, a corrente chegou a cair, quando passei por um trecho de terra cheio de solavancos. A corrente, assim, desgastou-se, em 5.500 quilômetros, o equivalente aos quatro anos anteriores de uso, inclusos aí a viagem de quase três mil quilômetros a Rio das Ostras. Não cometerei esse erro novamente.
Os Metzeler Z8 são muito bons. Comportaram-se de maneira exemplar, nunca dando sustos. Apresentaram desgaste mínimo e confirmaram sua escolha como acertada.
O pequeno "raid" em que acabamos por nos meter, a caminho de Cambará, cobrou seu preço: apesar da condução cuidadosa, facho baixo do farol e o retentor da bengala esquerda deram adeus. O primeiro resolveu-se com a substituição da lâmpada por R$ 23,00. O segundo deu mais trabalho.
Em toda a região de Caxias do Sul - estávamos em Gramado - somente uma concessionária, a Motolax de Bento Gonçalves tinha a peça. Uma unidade. O reparo todo saiu por R$ 300,00, inclusos os R$ 60,00 do retentor. Menos mal que o atendimento do pessoal da concessionária foi show. Ao Leonardo, Luis e o mecânico cujo nome só me lembro que começa com J, meus agradecimentos. Eles ajustaram a corrente, perceberam que faltava um parafuso no cobre-corrente, lavaram a moto na faixa e ainda deram uma geral nas correntes da Transalp e da F800GS.
Ontem ela saiu da revisão, que custou R$ 595,00 na Kishi Motos, de Brasília. A corrente, apesar de ter permitido um último ajuste, está um lixo. Barulhenta, vibrante, vai ter que ser trocada logo.
Minha conclusão é que a XJ6 é sim uma moto boa de estrada. Num mundo ideal, eu teria uma carenada para viagens, equipada com cruise control, tomada 12V e aquecedor de manoplas. Ela não precisa muito mais que isso.
Os alforges deram conta do recado, não fizeram água. A XJ exige algum jeito na acomodação, mas nada que atrapalhe. Seguiram firmes e não atrapalharam. São ainda mais fáceis de limpar que os de lona, tradicionais, pois seu material é liso.
A bolsa interna do baú, da mesma forma, foi ótima. Levei nela coisas de que eu não precisaria o tempo todo. Assim, ela só foi retirada nas paradas a partir de Curitiba e até Gramado. Na volta, ela permaneceu no baú o tempo todo.
Só para comparação, três motos com motores distintos (dois cilindros paralelos na BMW, dois cilindors em V na Transalp e quatro em linha na XJ) e pilotos de estaturas diferentes, apresentaram os seguintes consumos médios:
Yamaha XJ6n: 22,6 km/l (aferidos)
BMW F800GS: 21,8 km/l (aferidos)
Honda XLV700 Transalp: 18,5 km/l (achômetro, pois o Cesinha não anotou esses dados).
A Transalp foi a que levou mais peso e ainda garupa no trecho Curitiba - Gramado.
Bem parelho, considerando as diferenças, em estilos de pilotagem inclusive.
Quase chegando |
Quase saindo, com os escoltas Silvio, Fabrino e Aluizio |
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