No ano passado, durante o salão de Colônia, a Yamaha surpreendeu mais pelo que não mostrou do que pelo que efetivamente levou ao salão. Entre os modelos disponíveis, pequenas reformulações e grafismos, mas nada que causasse frisson. O que ela não mostrou foram os (potenciais) novos modelos a serem equipados com o novíssimo motor de três cilindros. Esse sim, deu as caras. Suspenso em cabos e fios que desenhavam um modelo não específico de motocicleta ou sugeriam diferentes possibilidades.
Nada há de novo em um motor de três cilindros. Eles existem há décadas. A Triumph teve na família Trident o grande expoente dessa configuração. A própria Yamaha teve seus momentos tricilíndricos, com a família XS (750 e 850), nos anos 70 e 80.
A Triumph, aliás, desde seu renascimento, optou por essa configuração em vários de seus modelos, inclusive em detrimento dos mais cobiçados quatro cilindros. As vantagens começam pelo menor peso que esses motores apresentam. São, geralmente, mais torcudos pois cada cilindro tem diâmetro maior. Se você observar a linha da Triumph hoje, só há um único motor não tricilíndrico, o da Bonneville, um twin.
A Yamaha sinalizou com a traquitana que se vê na fota lá em cima que o motor poderia equipar um sem-número de modelos e poderia vir a ter várias cilindradas. E o lançamento da bacanésima MT-09 confirma isso.
Apresentada num vídeo muito bacana, a moto chama atenção sem ser espalhafatosa:
De cara dá para ver que a Yamaha, como há algum tempo não fazia, cria um modelo quase inclassificável. Ela é uma naked, mas há ares de motard nela. O que se percebe é a preocupação da marca com o centro de gravidade, pois motor/câmbio/escape estão concentrados muito baixos no belo e aparentemente muito leve quadro.
O motor, de 847 cilindradas desenvolve 115 cv a 10.000 rpm e a moto pesa apenas 185 kg em ordem de marcha. Comparando-a com a FZ-8, temos que o seu tetracilindro desenvolve 106,2 cv às mesmas 10.000 rpm, para um peso em ordem de marcha de 216 kg, com ABS.
Mais potência, menos peso é igual a? Diversão. O vídeo explora essa faceta, dizendo que o Japão tem um lado negro. Nada negativo, nada tétrico. O lado negro a que eles se referem é o oposto da racionalidade, na minha opinião.
O mais interessante nesse lançamento é o leque de possibilidades que ele abre. Vejamos: a própria MT-09 pode dar origem a uma nova Diversion, ou seja, tasque uma carenagem nela que ela vira outra moto. Dá para ver uma fun-bike nos moldes da Hypermotard, que por sua vez pode ter um modelo mais estradeiro. Big trail? Por que não? Esse motorzão aí pode dar dor de cabeça para Triumphs, BMWs e afins. E estou falando apenas nos modelos com o motor 850cc. Aumente essa cilindrada para 1100/1200 e você ataca outros medalhões do mercado mundial: BMW GS, Triumph Explorer, Super Ténéré. E não só: vai uma grand tourer nos moldes da K1200LT? ZX-14, talvez? Ou a nova Triumph 1215 tricilíndrica que está prestes a ser lançada?
Como se pode ver, a simples criação de um motor pode revolucionar a linha de modelos de uma marca.
Falando no motor, chamado CP3 (CrossPlane 3 cilindros), vamos a algumas características interessantes:
O virabrequim é do tipo crossplane, criado para os motores big bang da MotoGP. Conceito já presente nas R1, esse tipo de motor prima pela entrega de torque mais linear, com um funcionamento muito suave, entregando força sempre que solicitado.
A injeção é direta (sim!). Isso significa menos perdas, melhor aproveitamento da mistura, melhoria no desempenho e menores consumo e emissões. Deu pra ti?
Uma versão bicilíndrica desse crossplane, de cerca de 500cc, já estaria pronta no Japão, mas nada de anúncios oficiais ainda. É aguardar para ver.
Nada há de novo em um motor de três cilindros. Eles existem há décadas. A Triumph teve na família Trident o grande expoente dessa configuração. A própria Yamaha teve seus momentos tricilíndricos, com a família XS (750 e 850), nos anos 70 e 80.
A Triumph, aliás, desde seu renascimento, optou por essa configuração em vários de seus modelos, inclusive em detrimento dos mais cobiçados quatro cilindros. As vantagens começam pelo menor peso que esses motores apresentam. São, geralmente, mais torcudos pois cada cilindro tem diâmetro maior. Se você observar a linha da Triumph hoje, só há um único motor não tricilíndrico, o da Bonneville, um twin.
A Yamaha sinalizou com a traquitana que se vê na fota lá em cima que o motor poderia equipar um sem-número de modelos e poderia vir a ter várias cilindradas. E o lançamento da bacanésima MT-09 confirma isso.
Apresentada num vídeo muito bacana, a moto chama atenção sem ser espalhafatosa:
O motor, de 847 cilindradas desenvolve 115 cv a 10.000 rpm e a moto pesa apenas 185 kg em ordem de marcha. Comparando-a com a FZ-8, temos que o seu tetracilindro desenvolve 106,2 cv às mesmas 10.000 rpm, para um peso em ordem de marcha de 216 kg, com ABS.
Mais potência, menos peso é igual a? Diversão. O vídeo explora essa faceta, dizendo que o Japão tem um lado negro. Nada negativo, nada tétrico. O lado negro a que eles se referem é o oposto da racionalidade, na minha opinião.
O mais interessante nesse lançamento é o leque de possibilidades que ele abre. Vejamos: a própria MT-09 pode dar origem a uma nova Diversion, ou seja, tasque uma carenagem nela que ela vira outra moto. Dá para ver uma fun-bike nos moldes da Hypermotard, que por sua vez pode ter um modelo mais estradeiro. Big trail? Por que não? Esse motorzão aí pode dar dor de cabeça para Triumphs, BMWs e afins. E estou falando apenas nos modelos com o motor 850cc. Aumente essa cilindrada para 1100/1200 e você ataca outros medalhões do mercado mundial: BMW GS, Triumph Explorer, Super Ténéré. E não só: vai uma grand tourer nos moldes da K1200LT? ZX-14, talvez? Ou a nova Triumph 1215 tricilíndrica que está prestes a ser lançada?
Como se pode ver, a simples criação de um motor pode revolucionar a linha de modelos de uma marca.
Falando no motor, chamado CP3 (CrossPlane 3 cilindros), vamos a algumas características interessantes:
O virabrequim é do tipo crossplane, criado para os motores big bang da MotoGP. Conceito já presente nas R1, esse tipo de motor prima pela entrega de torque mais linear, com um funcionamento muito suave, entregando força sempre que solicitado.
A injeção é direta (sim!). Isso significa menos perdas, melhor aproveitamento da mistura, melhoria no desempenho e menores consumo e emissões. Deu pra ti?
Uma versão bicilíndrica desse crossplane, de cerca de 500cc, já estaria pronta no Japão, mas nada de anúncios oficiais ainda. É aguardar para ver.
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