A Harley-Davidson é um fenômeno. Depois de quase falir algumas vezes, a marca conseguiu se reerguer e se tornar um ícone maior do que jamais tinha sido. Esse crescimento refletiu-se no Brasil, sobretudo em meses recentes, depois da retomada das operações da marca no Brasil pela própria. Brasília, que durante muito tempo ficou sem concessionária da marca, agora tem duas.
Basta ir a qualquer dos encontros semanais que acontecem na cidade para se ver cercado de Harleys de todos os modelos, pilotadas por gente de todas as idades e sexo.
Mas aqui eu abro um parênteses, que de certa forma aplica-se a grande parte dos motociclistas da capital federal. Não se vê esse povo durante a semana, de dia. Não se vê os estacionamentos dos Ministérios, órgãos públicos, empresas, etc., cheios de motos. Entretanto, nos encontros elas aparecem aos montes, inclusive as mais raras, como Ducati Diavel e outras. Tudo domingueiro, é minha avaliação.
Nada contra os domingueiros, mas acho muito palha um sujeito que só sabe pegar a moto duas vezes por semana, vestir uma jaqueta de couro (de outro tipo não serve) ou o famigerado coletinho de motoclube, e sair para um rolê. Daí volta pra casa, pega o carro e a esposa, e vai pra churrascaria...
Um paralelo interessante com esse assunto eu faço com a proliferação de celulares com câmera. Sou fotógrafo. Amador. Auto-didata da pior espécie. Entretanto, nunca achei que fosse uma grande coisa essa disseminação, haja vista a qualidade das fotos produzidas dessa forma.
Voltando às motos, estou deixando de simplesmente tratar esse povo como domingueiros para tratá-los com motociclistas de butique. É essa impressão que tenho quando vejo as motos reluzentes (sempre) e os casacos de couro da marca - mais duro ainda é ver neguinho andando de Honda Shadow ou Yamaha Midnightstar com jaqueta da Harley - com gente que tem cara de ter comprado moto cara porque é mais barato aparecer assim do que com um Porsche.
De novo, posso estar errado em pensar dessa forma, mas não me parece que esse exército de novos-motociclistas vá contribuir de alguma forma para a mudança na maneira como a sociedade em geral nos vê, principalmente porque a primeira alteração - ou personalização - que fazem em suas motos é trocar o escape original por outro, bem mais barulhento. Quando se reúnem em torno de um moto clube perpetuam os estereótipos e clichês que vemos na TV e no cinema, apesar de que a camaradagem está ali presente, ainda bem. A preocupação com segurança parece simplesmente não existir e acredito que, se deixassem, andariam sem capacete também. Desculpem, mas essa história de "liberdade e vento no rosto" é pura idiotice. Liberdade para mim é sair para andar com minha moto e voltar inteiro para casa, para poder sair de novo e de novo e de novo. Sei que generalizo em alguns pontos, mas é que as exceções são poucas.
Basta ir a qualquer dos encontros semanais que acontecem na cidade para se ver cercado de Harleys de todos os modelos, pilotadas por gente de todas as idades e sexo.
Mas aqui eu abro um parênteses, que de certa forma aplica-se a grande parte dos motociclistas da capital federal. Não se vê esse povo durante a semana, de dia. Não se vê os estacionamentos dos Ministérios, órgãos públicos, empresas, etc., cheios de motos. Entretanto, nos encontros elas aparecem aos montes, inclusive as mais raras, como Ducati Diavel e outras. Tudo domingueiro, é minha avaliação.
Nada contra os domingueiros, mas acho muito palha um sujeito que só sabe pegar a moto duas vezes por semana, vestir uma jaqueta de couro (de outro tipo não serve) ou o famigerado coletinho de motoclube, e sair para um rolê. Daí volta pra casa, pega o carro e a esposa, e vai pra churrascaria...
Um paralelo interessante com esse assunto eu faço com a proliferação de celulares com câmera. Sou fotógrafo. Amador. Auto-didata da pior espécie. Entretanto, nunca achei que fosse uma grande coisa essa disseminação, haja vista a qualidade das fotos produzidas dessa forma.
Voltando às motos, estou deixando de simplesmente tratar esse povo como domingueiros para tratá-los com motociclistas de butique. É essa impressão que tenho quando vejo as motos reluzentes (sempre) e os casacos de couro da marca - mais duro ainda é ver neguinho andando de Honda Shadow ou Yamaha Midnightstar com jaqueta da Harley - com gente que tem cara de ter comprado moto cara porque é mais barato aparecer assim do que com um Porsche.
De novo, posso estar errado em pensar dessa forma, mas não me parece que esse exército de novos-motociclistas vá contribuir de alguma forma para a mudança na maneira como a sociedade em geral nos vê, principalmente porque a primeira alteração - ou personalização - que fazem em suas motos é trocar o escape original por outro, bem mais barulhento. Quando se reúnem em torno de um moto clube perpetuam os estereótipos e clichês que vemos na TV e no cinema, apesar de que a camaradagem está ali presente, ainda bem. A preocupação com segurança parece simplesmente não existir e acredito que, se deixassem, andariam sem capacete também. Desculpem, mas essa história de "liberdade e vento no rosto" é pura idiotice. Liberdade para mim é sair para andar com minha moto e voltar inteiro para casa, para poder sair de novo e de novo e de novo. Sei que generalizo em alguns pontos, mas é que as exceções são poucas.
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